quinta-feira, 11 de agosto de 2011

GIRO PELO MUNDO

UM IMPÉRIO EM DECLÍNIO ?
Não obrigatóriamente isso.
Este parece ser o destino dos EUA, neste momento.
Assim foi com outros grandes impérios, que por décadas e séculos dominaram o mundo. E, que em dado momento, no curso da história, ruíram.
- será esse o destino dos EUA?
Talvez, sim, talvez não. Só aconteceria se seus governantes não tiverem juizo. Se republicanos e democratas não buscarem o bem maior da nação, que é a sua união.
A grave crise americana que culminou no início de agosto, só teve uma causa, a radicalização de posição por parte da ala mais a direita dos republicanos. Retardaram até a última hora, dia 02 de agosto, a grave decisão de dar um sinal verde ao presidente Obama para rolar a estratosférica dívida do país. O stress na economia, gerado por essa radicalização levou ao descrédito da capacidade de os EUA honrarem seus compromissos com os credores, principalmente a China, que detém 1/3 dos papéis americanos. Até o Brasil, agora, é credor perante ao gigante americano. - quem diria?
O impasse nos EUA gerou um efeito dominó na Europa. Grécia, Portugal, Espanha, e até a França, começam a ver ruir a confiança dos mercados em relação à suas economias. Onde isso vai parar, ninguém sabe.
Mas, apesar desse mar revolto, dessa irracionalidade dos mercados, o Brasil seguirá crescendo. Não só o Brasil, mas também a China, a India e outros pré-emergentes. Em particular, o Brasil se sairá melhor dessa crise. Nosso grande diferencial em relação as nações européias, é o nosso mercado, onde 90% do nosso PIB é de demanda interna. São os 30 milhões de brasileiros incorporados ao mercado de consumo, após oito anos de um governo popular, com foco em emprego, renda e inserção social. Nestes últimos anos crescemos com distribuição de renda, com mais de dez milhões de brasileiros com carteira assinada. E continuaremos a crescer, pois somos uma nação jovem.
- E os EUA e os países europeus? Desemprego em alta, desequilíbrio das contas internas, dívidas impagáveis, a insatisfação popular batendo à suas portas. Em particular para os americamos. Eles estão agora pagando as contas de anos e anos de "policiais do mundo", do envolvimento em guerras fabricadas, fora das suas fronteiras. Apostaram todas suas fichas na política da força, da "guerra ao terrorismo". Imprimiram ano, após ano um papel verde, sem lastro em riqueza(ouro) para produzir armamentos, deslocamentos de tropas, destruição e ocupação de países,....
Agora, chegou a hora da verdade, chegou a hora do imperialismo pagar as contas.
Mas, a realidade é uma só, os EUA sairão dessa. Eles "tem a força". Não a força das armas, mas a força da inteligência e da cultura. Como disse muito bem o presidente Obama:
" nós temos as melhores universidades, as melhores empresas,.... , nosso problema não é a economia, o nosso problema real é a política".
Os EUA perderão parte da sua força. Terão de perder a arrogância, terão de rever a ganância do seu capitalismo autofágico, que transferiu empregos para a China e outros países, desempregando o seu trabalhador, em busca do maior lucro no curto prazo. Fecharam fábricas e fábricas, ano após ano, desmontando a sua força de trabalho. Hoje, com 9,1% de desemprego, são mais de 14 milhões de desempregados. Isso oficialmente.
O presidente Barack Obama lançou esta semana um pacote de medidas com vistas a geração de empregos. Disse ele: "esta não é uma questão democrata ou republicana. É uma questão americana".
Ou o congresso chega a um entendimento em prol da nação ou, sem dúvida, terão de dividir, mais cedo, o poder com o dragão chinês.
Mas, a águia americana só cairá agora se os "falcões" a derrotarem. O inimigo americano não é o dragão, são os falcões.
ACNA