terça-feira, 31 de julho de 2012

DIA DO HEROI

Pela alta importância do tema, e pela grande autoridade moral e profissional do colunista da FOLHA DE SÃO PAULO, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, com quem tive o privilégio de compartilhar momentos e idéias, tomo a liberdade de transcrever o seu texto, publicado no Dia do Agricultor: 

"Hoje, 28 de julho, é o Dia do Agricultor.
Prestar homenagem a esse herói sem nome é um preito de gratidão, um gesto de respeito. E poder fazer isso é uma grande alegria.
E por que esses substantivos (gratidão, respeito, alegria) todos?
Comecemos com a gratidão. Como viver sem os agricultores? São eles, no amanho diuturno da terra, que produzem tudo o que nos permite preservar a dádiva divina da vida: alimentos, energia, fibras e biomassa.
Respeito, porque fazem isso enfrentando todas as dificuldades que os demais setores da economia enfrentam em relação às crises financeiras e ao "custo Brasil", e ainda precisam acertar contas com são Pedro, do qual dependem visceralmente. Muitas vezes sem o suporte oficial que os concorrentes de outros países recebem de seus governos, vão conquistando espaço nos mercados, com a tecnologia sustentável desenvolvida por nossos cientistas, e assim contribuindo para a redução da fome no mundo.
E é claro que destaco isso tudo com incontida alegria, porque tenho a honra de ser neto, filho, irmão, pai e amigo de produtores rurais.
Esse orgulho espalho por onde passo, e talvez a mais clara demonstração pública disso tenha sido o discurso que fiz em julho de 2006, quando deixei o Ministério da Agricultura:
Amo a agricultura, profunda e reverentemente.
Emociona-me a alvura imaculada dos algodoais em colheita, o rubro-verde dos cafezais em cereja, o galeio mágico que o vento provoca nos canaviais verdejantes ou nos dourados trigais; encanta-me o cheiro adocicado das espigas dos milharais, ou os laranjais carregados, as flores das fruteiras polinizadas pelas abelhas operárias; orgulha-me o progressista ronco das colhedeiras nos sojais e arrozais maduros; admiro os capinzais cultivados, alimentando rebanhos leiteiros e de sadia carne; minha alma se desvanece a cada vez que vejo uma semente germinando no milagre da preservação das espécies.
Amo a agricultura, profunda e reverentemente.
E respeito, admiro e venero os milhões de homens e mulheres que, dia após dia, ano após ano, em comunhão sublime com a natureza e com o Criador, plantam e colhem tudo o que garante a perenidade da existência.
Mas não foi só por esse amor inesgotável que aceitei o honroso convite do presidente Lula para ser ministro da Agricultura em seu governo. Foi por muito mais.
Foi por compreender com clareza que é o produtor rural quem, em sua cotidiana e anônima labuta, aciona a roda do desenvolvimento em um país como o nosso.
Sem o produtor rural, para que produzir sementes, defensivos, fertilizantes, corretivos, medicamentos veterinários, rações? Para que produzir tratores, equipamentos e máquinas colhedeiras? Sem a produção agrícola, para que construir usinas, fábricas de alimentos, fogões? Para que fabricar caminhões, trens, trilhos, silos e armazéns? Para transportar e guardar o quê? Sem os agricultores, como seriam criados todos os empregos nessas áreas referidas?
Não há ovo de Páscoa sem plantador de cacau, não há vestido de seda sem plantador de amoras, não há cabos e pneus de borracha sem plantador de seringueira, não há papel sem plantador de árvores, não há cerveja sem plantador de cevada, vinho sem plantador de uva, não há calça jeans sem plantador de algodão, não há sapato e bolsa sem o pecuarista, não há etanol sem cana, não há pão sem trigo, óleo sem soja, manteiga sem leite, não há vida sem a agricultura e sem o agricultor.
Por isso aceitei o convite e o desafio: por amar a terra e ao seu amanhador, e por reconhecer que seu trabalho é o motor da economia e da democracia".
Saudemos hoje, com entusiasmo, esse herói e usemos este dia para pensar nele. O produtor rural é, por tudo o que foi dito, o parceiro constante do cidadão urbano: um não vive sem o outro. São gêmeos univitelinos, para não dizer siameses.
Por isso é tão importante uma estratégia para o setor rural em nosso país: todos ganharão com ela, e não apenas os agricultores."


sábado, 26 de maio de 2012

LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO

UM EXERCÍCIO DE CIDADANÍA

Caros Amigos
Finalmente, uma luz no fim do túnel.
É uma nova lei que promete por um BASTA! na corrupção que grassa neste nosso país. De Brasília, passando por todos os estados da federação, aos menores municípios do país.
De "magistrados", ministros, diretores de empresas públicas, senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores.
É a LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO, um exercício de cidadania..
Que, como disse a Presidenta Dilma, abre um caminho para que os cidadãos contribuam para estancar essa hemorragia que carreia o dinheiro público para os bolsos de uma "ratazana" que aparece até onde ninguém espera. Basta ver o caso do senador da república que parecia o Don Quixote da Virtude, que aparentava estar "isento de pecado"; que posava de vestal, de mãos limpas; que vivia apontando os erros dos outros, que apontava o cisco no olho do adversário, mas não via a trava que estava no seu próprio olho. Fatos por demais corriqueiros neste país da impunidade.
E esta ratazana, está por todos os cantos. Uma ratazana que engorda com o dinheiro da propina de obras, da compra de remédios, de contratos de serviços, da contratação de assessores/as,...de aspones de todo o quilate. Vem desde um Carlinhos Cascata, até o Zezinho do Rio. Grandes e pequenos corruptores. A corrupção campeia, de norte a sul do país. 
Mas, já era hora. Desde o dia 16 de maio, qualquer cidadão, tem direito de conhecer detalhes de informações junto aos órgãos públicos, do executivo, do legislativo e do judiciário. A partir de agora, o cidadão que desconfiar de uma situação, uma concorrência com indícios de fraude; ou de um servidor que apresente sinais de opulência, de enriquecimento ilícito, ele pode e deve ir atrás da informação, exigir a informação usando os espaços da Lei 12.527, recém promulgada pela Presidenta da república.
É uma lei super-abrangente, tanto da área federal, estadual e municipal. Isso mesmo: qualquer governante público está obrigado a responder perante aos cidadãos. Do presidente da república, aos governadores, aos prefeitos de pequenas cidades, como a nossa.
Agora é lei.
E as autoridades, de qualquer órgão e nível, tem prazos definidos para responder ao cidadão, que somente tem de protocolar o seu pedido e aguardar o prazo máximo de 30 dias para ter em mãos a resposta, sem ter de justificar as razões do seu pedido. E, o não cumprimento, sujeita a autoridade pública faltosa a punição.
Esperamos que a nossa prefeitura não perca tempo e disponibilize aos cidadãos pinhalenses a Sala de Atendimento ao Público, ou o SIC's, "Serviço de Informações ao Cidadão", prevista na lei. É uma simples sala com uma placa de identificação, com cadeiras e com uma recepcionista para acolher os pedidos. E, cabe à nossa Câmara de Vereadores, que representam os cidadãos, contribuam para que Santo Antônio do Pinhal, como no caso da Lei da Sacola Plástica, seja mais uma vez um município pioneiro.  
A partir do último dia 16, os órgãos públicos terão prazos definidos para responder aos pedidos. Devendo a resposta ser fornecida na hora, quando disponível; em até 20 dias, podendo ser prorrogados por no máximo 10 dias. E o servidor que descumprir a lei poderá ser punido, podendo até sofrer processo por improbidade.
É assim mesmo. No Brasil, a Lei de Acesso a Informação entrou em vigor no dia 16 último. Mas, no México já está em vigência desde 2.002; nos EUA, desde 1966, e na Suécia, o país pioneiro nesta transparência da informação pública, desde 1.766.
Como vemos, o Brasil estava atrasado em transparência.
Custou, mas a lei chegou ao país do futebol e do carnaval. Assim, a folia da ratazana "começa a acabar". Mas depende de cada um de nós, depende de mim, de você - fazer cumprir o nosso direito de cidadão.
Não percamos tempo.
Toda a informação está numa Cartilha preparada pela CGU, a Controladoria Geral da União. Clicando no Link abaixo, você começa a exercer o sua cidadania:

http://ww.cgu.gov.br/acessoainformacao/materiais-interesse/CartilhaAcessoaInformacao.pdfw

E, o jornal Folha de São Paulo, num lance de pioneirismo, que  já tem          o Folha Leakse o Folha Transparênciaestá se oferecendo para ajudar.
E, ajudando a Folha, estamos nos ajudando. Transcrevo:

"Leitores podem ajudar a Folha a testar lei de acesso

DE SÃO PAULO
Com a entrada em vigor da lei de acesso a informações públicas, os leitores da Folha podem ajudar o jornal a avaliar o funcionamento da lei.
Pela norma, informações disponíveis devem ser dadas imediatamente. Caso dependam de pesquisa, o prazo é de 20 dias, prorrogáveis por mais dez.
Caso recebam informações usando a lei e queiram compartilhá-las com o jornal, leitoress podem enviá-las para transparencia@folha.com.br. O endereço também receberá denúncias de mau atendimento dos órgãos.
Nos casos pertinentes, a Folha tentará ajudar o leitor a obter a informação.
Resultados obtidos com auxílio da Folha serão entregues a quem solicitou e podem ser publicados no projeto FolhaTransparência, além de pautar reportagens do jornal."

Caros Amigos
Leiam atentamente, avaliem e, se desejarem ajudar nesta empreitada pela transparência no trato da coisa pública, encaminhem estas matérias e links para os seus amigos e colegas. 


sábado, 21 de abril de 2012

GOVERNO DILMA CORTA JUROS E AUMENTA CRÉDITO DE BANCOS PÚBLICOS


Transcrito da imprensa:


juros.jpg
Para combater os efeitos da crise econômica internacional no país, o Governo Dilma tomou uma importante medida. Agora, os bancos públicos (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) estão aumentando a oferta de crédito e reduzindo drasticamente as taxas de juros para empréstimos pessoais e para micro e pequenas empresas.

Os juros do cheque especial da Caixa, por exemplo, caíram de 8,25% para 4,27% na conta corrente de cliente pessoa física. No cartão de crédito, para correntistas de contas-salário, a queda foi de 12,86% para 2,85% -uma redução de 87%.

Juros_Bancos.JPG
Consequências e nossos comentários:
Após esta medida, ao longo de uma semana. Primeiro grandes organizações bancárias estrangeiras, HSBC e Santander, aderiram ao movimento de baixas. Somente depois de ver a irreversibilidade das medidas, e da firme posição do Ministro Guido Mantega, rebatendo as pressões e reivindicações da Febrabam - o Bradesco e o Itaú também acabaram aderindo as medidas saneadoras há muito reivindicadas pela população, cansada da exploração da banca, com juros e taxas extorsivas, lesivas aos correntistas e comprometedoras da competitividade do país.
Sem dúvida, parte dos argumentos do presidente da Febraban eram válidos, como redução da carga tributária, diminuição do tamanho da máquina pública, e outros. Mas, o importante é que acabaram cedendo e reduzindo juros e taxas.

Cabe ao governo, agora, partir para outra batalha: combater as taxas e juros absurdos dos Cartões de Crédito. Um abuso que encarece o crédito e o desenvolvimento do país. Seria muito saudável vermos a presidenta Dilma e o Ministro Mantega atacar esse cartel. Basta o BB e a Caixa, instituírem um único Cartão de Crédito próprio, brasileiro, com taxas e juros civilizados. As bandeiras internacionais, ou aderem, ou vão explorar em outros latifúndios. 
A. C. Nunes de Azevedo
santoantoniodopinhalemnoticia  

quarta-feira, 21 de março de 2012

TURISMO ROMÂNTICO

"Romantismo aos pés do Etna
Com jeito de destino de Lua de Mel, Taormina, Itália, provoca amor à primeira vista e é ponto de partida para conhecer o vulcão mais alto e ativo da Europa.
Taormina, é daquelas cidadezinhas adoráveis que você escolhe para passar a lua de mel. Deve ser por isso que casamento, por ali, provoca até congestionamento em frente à catedral e na Piazza IX Aprile. Em uma simples quarta-feira, duas noivas alternavam posições para as fotos. Boa escolha. É da praça que se tem uma das vistas mais bonitas: as casinhas na encosta, os quintais com limoeiros e cactos, o azul do Mar Jônico e o sempre ativo, e volta e meia fumegante, Monte Etna."
É difícil explicar o encantamento que a cidade causa e que faz com que ela seja um dos principais destinos turísticos da Sicília. Mas há boas pistas. Encravada na encosta do Monte Tauro, a 200 metros do nível do mar, na província de Messina,
Taormina mistura igrejinhas, casinhas coloridas e floridas, antiquários, butiques, lojas de arte, cafés, restaurantes charmosos, praias próximas e história. É più bella.............."
"Percorrer o principal de Taormina é simples e pode ser feito em um dia. Basta caminhar 20 minutos, em passos rápidos, pela Corso Humberto I, a via pulsante do centro antigo. Mas esqueça a pressa. Taormina é para ser sorvida em pequenas descobertas. Por isso, deixe-se envolver pelo clima que inspirou escritores e artistas como D.H. Lawrence, Goethe, Nietzsche, Oscar Wilde, Coppola, Fellini e Liz Taylor e embrenhe-se pelas escadinhas que saem da rua.
Você poderá encontrar uma cantina com música italiana ao vivo, lojinhas de arte e até o Parque Duca di Cesaro, na Villa Comunale, criado no fim do século 19 por lady Florence Trevelyn, uma observadora de pássaros. 

Sempre alerta. Pano de fundo para as melhores fotos em Taormina, o Etna está tão próximo dali, a 59 quilômetros, que é irresistível não dar um pulinho até o vulcão mais alto e mais ativo da Europa. 
 

Matéria de ARYANE CARARO, Caderno VIAGEM, Estadão, do do dia 20/03/12, pag. V8."

O romantismo existe. Pois é! 
Taormina, é um dos mais destacados destinos românticos da Itália.
Cidadezinha italiana, pouco maior do que a nossa Santo Antônio do Pinhal. São dez mil habitantes; somente 200mts. acima do nível do mar, na região da Siccilia. Taormina atrai levas e levas de casais apaixonados para percorrer suas ruelas, seus rochedos e praias, seus restaurantes e lojas.
Taormina é Turismo Romântico. Isso é TURISMO.
Por suas belezas e inusitado encantameno bucólico, é palco de centenas de casamentos nos seus altares, todo ano.
Romantismo aos pés do Etna
Itália
Com jeito de destino de Lua de Mel, Taormina provoca amor à primeira vista e é ponto de partida para conhecer o vulcão mais alto e ativo da Europa.."


"Taormina é daquelas cidadezinhas adoráveis que você escolhe para passar a lua de mel. Deve ser por isso que casamento, por ali, provoca até congestionamento em frente à catedral e na Piazza IX Aprile. Em uma simples quarta-feira, duas noivas alternavam posições para as fotos. Boa escolha. É da praça que se tem uma das vistas mais bonitas: as casinhas na encosta, os quintais com limoeiros e cactos, o azul do Mar Jônico e o sempre ativo, e volta e meia fumegante, Monte Etna.
É difícil explicar o encantamento que a cidade causa e que faz com que ela seja um dos principais destinos turísticos da Sicília. Mas há boas pistas. Encravada na encosta do Monte Tauro, a 200 metros do nível do mar, na província de Messina, Taormina mistura igrejinhas, casinhas coloridas e floridas, antiquários, butiques, lojas de arte, cafés, restaurantes charmosos, praias próximas e história. É più bella................."

............Percorrer o principal de Taormina é simples e pode ser feito em um dia. Basta caminhar 20 minutos, em passos rápidos, pela Corso Humberto I, a via pulsante do centro antigo. Mas esqueça a pressa. Taormina é para ser sorvida em pequenas descobertas. Por isso, deixe-se envolver pelo clima que inspirou escritores e artistas como D.H. Lawrence, Goethe, Nietzsche, Oscar Wilde, Coppola, Fellini e Liz Taylor e embrenhe-se pelas escadinhas que saem da rua. Você poderá encontrar uma cantina com música italiana ao vivo, lojinhas de arte e até o Parque Duca di Cesaro, na Villa Comunale, criado no fim do século 19 por lady Florence Trevelyn, uma observadora de pássaros.
Sempre alerta. Pano de fundo para as melhores fotos em Taormina, o Etna está tão próximo dali, a 59 quilômetros, que é irresistível não dar um pulinho até o vulcão mais alto e mais ativo da Europa. ARYANE CARARO


Caderno VIAGEM, Estadão dia 20 de março/12

domingo, 11 de março de 2012

Lição de Empreendedorismo Rural

RESTAURANTE ÁGUA DA CAPOEIRA
Um pouco da história.
A fazenda nasceu á 20 anos quando meu Pai José Antônio Bufolin, por intermédio do Milton Saad apresentou a cidade de Santo Antônio do Pinhal .Desde então estamos por aqui até agora.
Meu pai sempre teve vontade de ter propriedade na roça.Tivemos a primeira propriedade em Jarinu -SP, mas elevendeu quando os filhos já estavam na juventude, e não tinham mais interesse de passar o fim de semana lá: Então, ele vendeu.
Logo que casei, ele começou a comprar as terras aqui em Santo Antônio. O sonho dele era ter uma propriedade sustentável. Após uns 2 anos, já começou a plantar frutas, tendo hoje 10.000 pés de frutas de frutas variadas, que distribuímos para São Paulo e Rio de Janeiro.
SITIO ÁGUA DA CAPOEIRA:
o nome da propriedade surgiu em memória da história da infância de meu pai. Ele foi criado em um sitio em Tupã com este nome, Sítio Água da Capoeira. Ele nos contava que a água da capoeira é uma área agradável, onde se junta um " matinho" rasteiro com um pouco de água. E lá as crianças brincam.
Com o tempo vim para Santo Antônio, pois meu pai precisava da minha ajuda para comercializar as frutas. Deixei meu trabalho em SP como gerente de banco e vim sozinho. Rosana, minha esposa e nossos dois filhos ficaram em São Paulo por mais um ano. Ela precisou exonerar-se de cargos de concurso em SP. Recomeçou sua vida profissional na área da educação por aqui.
Estamos em Santo Antônio há sete anos, tempo em que venho administrando a fazenda.
Algumas das práticas agrícolas aplicadas na fazenda são visivelmente educativas.
Aprendemos, fazendo. E foi a diversidade de cultivos, o que propicia uma rotatividade na produção e a qualidade do solo, essa diversidade no cultivo, assegura a diversidade da fauna. Animais como tucanos gralhas e outras aves, tem alimento todo o ano, sem falar no ruivão do lobo Guará, que está presente nos pomares na época das safras - ele é onívoro.
Pode ser citada como benfeitoria ao solo, o plantio das mudas, onde prevalecia 90% da área comprada como pasto. Na produção das frutas, respeitamos a legislação quanto ao topo dos morros e distancia das nascentes e rios. Com o passar dos anos identificamos que só produzindo frutas não pagaria as despesas da fazenda.
Foi quando assumirmos o potencial turístico da cidade, juntos , eu e a Rosana, começamos a nos capacitar. Fizemos e continuamos a fazer cursos no SEBRAE e SENAR para o Turismo o que nos propisciou ingressar no Turismo Rural,  e no Turismo Rural Pedagógico atendendo escolas e fazendo um projeto social com crianças do município.
Fazemos um atendimento gratuito por mês . O projeto de educação tem como maior objetivo promover a responsabilidade de crianças e jovens quanto ao meio natural rural e disseminar modelos de uma conduta preservacionista, atravésde experiências educativas e de laser. A saída do ambiente escolar e a visita ao campo, possuem forte caráter formador e lúdico, tanto no que se refere à formação pessoal de cada aluno, como também na formação de pensamento crítico por meio do conhecimento adquirido. As reflexões realizadas podem ser a base sobre a qual os educandos construirão seus conhecimentos específicos sobre as matérias curriculares.O Turismo aliado à educação ambiental é uma ferramenta indispensável na busca da sustentabilidade.

Restaurante Águas da Capoeira
É o Turismo gerando receitas no campo.
Após este trabalho com escolas e turistas, notamos o quão simples seria para nós servir refeições para os grupos, porque não servir almoço para um público maior e sedento de experiências no campo.? Identificamos que em nosso município não tinha um restaurante de cardápio regional, comida da roça, baseada na história do município.
Assim, após muito trabalho, inauguramos nosso restaurante no carnaval de 2012.
Estamos surpresos com a satisfação dos clientes e amigos que já nos visitaram. Todos estão se beneficiando desse investimento. Nós, ao agregar valor ao empreendimento imobiliário; as pousadas, que passaram a contar com mais uma opção gastronômica para oferecer aos seus hóspedes; a população do bairro com mais empregos; o município,...todos se beneficiam.
E desejamos prosperar, atender melhor aos clientes, com uma boa conversa, num ambiente agradável, oferecendo uma boa comida.
Além da boa comida da roça, o turista que vem dos grandes centros encontra aqui na fazenda, o clima da montanha, a vista deslumbrante de montanhas bordadas de muitos verdes, o canto dos pássaros, confraternizando com a família e os amigos em íntimo contato com a natureza.
Isto é Turismo Rural. Isto é Santo Antônio do Pinhal.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O MAIS LINDO PRONUNCIAMENTO ECOLÓGICO EMITIDO PELO HOMEM

Transcrição do texto "Equipe Floresta Brasil"
 

...................... A versão que apresentamos é a tradução de uma das mais famosas versões da Carta do Cacique Seattle, divulgadas durante a década de 70. A foto do Grande Cacique Seattle (1787-1866) é de autoria de E.M.Sammis: seu original encontra-se na “Special Collection” da Universidade de Washington, sob o nº NA 1511.

Ambos os textos, do artigo do Dr. Henry A. Smithe e do pronunciamento em si, foram obtidos, em inglês, no site:

O texto do artigo do Dr. Henry Smith, que se encontra logo abaixo, foi traduzido pela equipe de Floresta Brasil diretamente do artigo original, publicado em inglês em 1887, que se encontra na seção em língua inglesa de nossa página (http://www.florestabrasil.org.br).




Fonte: "Trechos de um diário: O Cacique Seattle: Um cavalheiro por instinto". 10º artigo da série “Primeiras Reminiscências” - Seattle Sunday Star, 29 de outubro de 1887 do articulista Henry Smith (tradução livre, pela equipe de Floresta Brasil)
  

O pronunciamento do Cacique Seattle
(discurso pronunciado após a fala do encarregado de negócios indígenas do governo norte-americano, Governador Stevens, haver dado a entender que desejava adquirir as terras de sua tribo Duwamish).

"O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.
Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.
O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la preservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.
Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Preteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada.
Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Tudo que você queria saber sobre Sacolas Plásticas, mas nunca teve coragem de perguntar"

O titulo é plágio de um belo filme do Woody Allen.
Quem tem mais de 50, sabe do que estou falando.
Não importa, se você tem 50 ou menos, você acabará sabendo tudo sobre as ditas sacolinhas, alvo de "contras" e a "favor" da eliminação das dita-cujas.   Uma amiga minha e ex-colega do INPE, entre 1969 e 1972, Mary Lou, nos encaminhou uma postagem com informações sobre o tema, fora-de-série,"hors-concours", muito especial. Ela nos transmite uma experiência de vida, sobre a sua dificuldade de adaptar-se a realidade de um país muitos e muitos anos a nossa frente. Ela narra o choque cultural, quando há mais de trinta anos mudou-se para o Japão, com o marido japonês. Acompanhe:

"Lixo no Japão"
"Quando fui morar no Japão, em 1981, a coisa que mais preocupava era a seleção do lixo. Tanto que o primeiro artigo que escrevi para a Revista Portal, da comunidade nipo-brasileira(não circula mais), foi sobre esse assunto.
Não estava ainda acostumada em selecionar o lixo, que na época era apenas dividido em combustível e não-combustível (que não significava reciclável). Tinha dúvidas atrozes como: esta meia que puxou o fio e' combustível ou não-combustível, por exemplo. Kiyoshi me ensinava tudo e, na dúvida, esperava ele chegar para elucidar meu problema. O meu medo e' que, sendo a única "gaijin" (estrangeira) da vizinhança, iam logo descobrir que eu tinha sido a causadora de algum envenenamento geral por errar na separação do lixo. 
Também descobri que havia ilhas "de lixo", que não eram lixão, mas sim, aterros feitos na Baía de Tóquio, utilizando lixo não perecível como um dos materiais. Quis conhecer essas ilhas. Para o meu espanto, eram muito aprazíveis, com parques, árvores, flores, pássaros e observatórios para pássaros, avenidas largas e muita área de lazer. Não cheiravam mal e eram seguras. Tinha imaginado que essas ilhas eram feitas de fraldas descartáveis que levam mais de 500 anos para se decompor, catálogos telefônicos velhos, latinhas vazias e esmagadas de refrigerante e outros produtos domésticos, tudo grudado com chiclete.
Qual! Eram aterros bem feitos, havia camadas de terra e por cima ninguém diria que eram feitas de lixo.
Havia e ha' também usinas de lixo, em alguns pontos da cidade e as pessoas podiam utilizar as piscinas térmicas, com calor gerado pela incineracão de lixo, que eram construídas ao lado delas. Nada de gases tóxicos, resíduos e cheiro ruim nesses lugares.
Nessa época ainda se usavam os sacos plásticos de supermercado para descartar o lixo. E eu também os usava.
Mas, pouco tempo depois, numa viagem a Europa, descobri que os supermercados de lá cobravam pelos sacos de plástico. Eu, desavisada, tive que pagar o meu na Alemanha. Mas logo descobri que toda gente levava sua própria sacola ou utilizava as caixas de papelão colocadas a disposição perto dos caixas. Comprei uma linda sacola, que levei quando voltei ao Japão. Ela ficava pendurada na entrada da casa e, quando eu ia ao supermercado, ela ia comigo. No começo, os caixas de supermercado estranhavam aquela "gaijin" que recusava os sacos plásticos. Pouco tempo depois, os supermercados passaram a estimular quem levava sua própria sacola, oferecendo um troquinho para quem tivesse 20 carimbinhos num cartão, que eles distribuíam e carimbavam a cada compra sem sacola. Assim, ja' não precisava ver a cara feia que faziam para mim quando eu recusava os sacos plásticos.
Ao mesmo tempo, as prefeituras começaram a fazer uma seleção do lixo baseada não apenas em combustível/não-combustível, mas em diversas categorias. Na frente dos supermercados a gente deixava as garrafas PET lavadas em um latão; as tampas de plástico dessas garrafas em outro, as caixas de leite devidamente lavadas, secas e abertas em outro. No meu prédio, havia separação por 19 ítems diferentes: lixo orgânico, papéis, jornais e revistas, garrafas de vidro transparente, garrafas de vidro marrom, lâmpadas fluorescentes+comuns, latas de conservas, garrafas e recipientes de plástico, papelão, roupas para reciclagem, pedaço de madeira, terra e outras coisas mais. O lixo de grande porte era um caso a parte: a gente precisava marcar com a companhia de limpeza urbana para que viessem busca'-lo, mediante um pagamento. Quanto aos eletrodomésticos, em geral, as lojas que nos vendiam os novos, levavam os velhos…
Outra mudança: as prefeituras passaram a vender sacos plásticos semi-transparentes de um material degradável, que tinham neles o carimbo da cidade. Era a taxa de lixo (não havia outra!). Assim, quem produzia mais lixo, pagava mais, porque precisava de mais sacos plásticos e o lixo não colocado nesses sacos não era recolhido, mas era marcado, com uma advertência colada nele.
No final da década de 1980 e inicio da de 1990, o Japão recebeu um grande número de dekasseguis brasileiros. Eles moravam e trabalhavam em cidades pequenas espalhadas pelo pais. Então, cada cidade mandava traduzir os folhetos explicativos de separação de lixo, de datas de coleta etc. Eram folhetos fáceis de entender, com muita ilustração e cores. Os responsáveis dessas prefeituras pensando nesses trabalhadores brasileiros, mandavam traduzí-los para o português. Fiz muitas traduções desses folhetos, pois cada prefeitura tinha o seu sistema de seleção de lixo diferente. Kiyoshi ria de mim, dizendo que eu tinha PhD em lixo! Pelo menos, já não tinha medo de passar a vergonha de não saber separar o lixo.
O tempo passou e vim morar no Brasil, em Floripa. Aqui ha' separação de apenas lixo orgânico e lixo reciclável e não ha' impedimento do uso de sacos plásticos. Apenas, agora, as pessoas estão se conscientizando e utilizando sacolas e carrinhos para as compras no supermercado. Ainda me olham feio quando recuso em todas as lojas que me deem sacolas de plástico, mas ja' passei por isso, e sei que logo vão me achar normal e não uma velha excêntrica!
Das ultimas vezes em que fui ao Japão, vi na casa de Kiyoshi uma máquina de compactar o lixo orgânico. Kiyoshi aproveitou que a prefeitura local estava oferencendo na época estes aparelhos por um preço menor, para quem se habilitasse. Ela e' compacta e se ajusta perfeitamente as casas japonesas, que são bem pequenas. Kiyoshi a batizou de Chorumina.
Chorumina trabalha silenciosamente e o resultado e' um lixo ate' cheiroso e fácil de ser descartado. No caso dele, um amigo que tem uma pequena plantação, faz uma troca entre o resultado do trabalho da Chorumina, que junto com algumas bacterias se transforma em composto, por algum vegetal ou fruta que tenha plantado e colhido. Os dois estão satisfeitos e "o planeta agradece", como se diz."

Mary Lou Rebelo
Florianópois, 5 de fevereiro de 2012
Assim, amigo pinhalense, esse texto acima enviado pela minha amiga Mary Lou, mostra que é melhor a gente ir se acostumando com a Lei da Sacola Plástica de autoria do nosso vereador José Antônio, e que já deveria estar funcionando aqui na nossa pequena cidade pelo menos há dois anos. Como vemos, é uma  questão cultural e de tempo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sacolas plásticas começam a ser banidas em São Paulo

PELA CIDADE
É um tema polêmico, sabemos. .
Tem prós e contras, mas é lei, em Belo Horizonte(cidade pioneira no país), em São Paulo e em Santo Antônio(??), e entrou em vigor ontem, na capital, em 25 de janeiro, no aniversário da cidade de São Paulo. Um presente para a cidade, que vive assolada por alagamentos(parcialmente causados pelo entupimento de seus bueiros)

A Lei 496/2007 proibiu a distribuição e a venda de sacolas plásticas no comércio da capital paulista, a partir de janeiro de 2.012. Foi aprovada por 31 vereadores, com 05 votos contra e 12 abstenções. O comércio paulistano teve um bom tempo para se adaptar a nova lei que já é realidade em cidades mais avançadas do mundo inteiro, onde sacolas reutilizáveis, ou industrializadas com plástico biodegradável, substituíram aquelas mais agressivas ao meio ambiente. Ou p/sacolas reutilizáveis.
Segundo Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, as sacolinhas antigas levam em torno de 100 anos para se decompor; as biodegradáveis se decompõem em 2 anos, ou em torno de 180 dias, quando processadas em usinas de compostagem. A natureza agradece.
Essa lei, começou ontem a funcionar. O estabelecimento que não cumprir, pagará multas que vão de R$ 50 a R$ 50 milhões.
- E aqui, na nossa cidade ecológica, como é que fica?
Rememorando:
A popular "Lei  da Sacola Plástica" de autoria do nosso vereador Zé Antonio, advogado, uma lei que não saiu do papel(?), parece que agora começará a dar seus primeiros passos. Não por iniciativa do executivo e sim, pela atitude positiva, consciente, de alguns empresários pinhalenses, como o Amaral, o Negrine e o Almeida Cardoso, que a partir de 26 de janeiro, não darão mais sacolas plásticas gratuitamente em seus comércios.

A Lei é clara e não proibe o uso das famosas sacolinhas, que deverão agora ser substituídas pelas plásticas biodegradáveis, cuja resistência é a mesma, e tem como objetivo melhor preservar a natureza.

A Câmara de Vereadores de Santo Antônio do Pinhal antecipou-se.
A  nossa"Lei  da Sacola Plástica", foi aprovada aqui em abril de 2009, mas não foi executada até 25 de janeiro p.p.(?). Assim, perdemos "o bonde da história" pela demora em adotarmos a nossa lei.
Em São Paulo, a mesma Lei da aprovada e sancionada pelo Prefeito Gilberto Kassab, no final do ano passado, já entrou em vigor na capital a partir desse dia 25 de janeiro, com perspectiva de abranger toda a região metropolitana da Grande São Paulo.

O lembrete da proibição será espalhado pelos comércios  que aderiram a execução da Lei e os consumidores, têm agora as opções de levarem as compras em caixas de papelão (distribuídas gratuitamente pelos comércios), em mochilas, sacolas retornáveis, trazidas da própria casa ou pagar pelas sacolas plásticas biodegradáveis, que em pouco tempo estarão disponibilizadas na nossa cidade, na Grande São Paulo e no país inteiro.
È questão de tempo.
O nosso Rio da Prata e toda a Natureza agradece.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Estados Unidos investem na área do Turismo

PELO MUNDO
Pois é!
Deu na Folha nesta sexta-feira, 20 de janeiro.
- Quem diria? A maior economia do mundo vai buscar na força do Turismo uma vitamina para sua cambaleante economia. Ameaçado por um desemprego alto, com manifestações no estilo Ocupe Wall Street pipocando nas principais cidades, e as vésperas de uma eleição difícil, o presidente Obama e sua equipe, estão investindo no Turismo. Estão apostando no potencial do Turismo para melhorar o emprego e a renda da sua população. Veja o que diz a Folha:

"O presidente Barack Obama anunciou ontem, durante discurso na Disney, na Flórida, medidas para facilitar a concessão de vistos a turistas brasileiros..........
Ele prevê ainda também maior agilidade no atendimento nos consulados, menor tempo para emissão do visto e dispensa da entrevista para brasileiros que pedem renovação de visto de não imigrante e já passaram por uma entrevista no passado.
Ele prevê ainda também maior agilidade no atendimento nos consulados, menor tempo para emissão do visto e dispensa da entrevista para brasileiros que pedem renovação de visto de não imigrante e já passaram por uma entrevista no passado.

Chineses também serão incluídos nesse programa."

"Os EUA estão abertos. Queremos dar boas-vindas aos visitantes, aos negócios e ser o destino turístico número um no mundo", disse o presidente em discurso."

 Agora, vamos fazer uma rápida viagem. Saiamos da Florida e vamos para Santo Antônio do Pinhal. - o quê estamos fazendo para melhorar o emprego e a renda da população da nossa pequena cidade?
- o quê estamos fazendo para atrair maior número de Turistas para Santo Antônio?
Pouco, muito pouco, quase nada.
Com o dolar baixo; com a Argentina, o Chile, Colômbia e México promovendo seus atrativos; com as fortes promoções das empresas aéreas; com a costa brasileira infestada de enormes transatlânticos(ociosos em seus países de origem pela crise econômica e o fora-da-estação), os brasileiros de antanho e mais os trinta milhões de emergentes, estão enchendo os aviões e os transatlânticos para conhecer lá fora.
 
"Segundo o consulado do país em São Paulo, o Brasil é o quinto país que mais envia visitantes aos EUA. A expectativa é que tenha sido 1,5 milhão em 2011, superando o recorde de 1,2 milhão de 2010.
O Departamento de Comércio dos EUA diz que os brasileiros foram os que mais gastaram no país em 2010, deixando quase US$ 6 bilhões para a economia local. "
fazer
"A indústria do turismo representa 2,7% do PIB norte-americano e respondia por 7,5 milhões de empregos em 2010."

- E nós por aqui, fizemos muito pouco. Apenas pequenas ações isoladas, por um pequeno grupo de empreendedores de SAP(anúncio de 1/2 página no Guia 04 Rodas e a contratação de uma Assessoria de Imprensa, o Pool de Pousadas e Outros Atrativos).
Um esforço de poucos abnegados empresários, mas que acabará beneficiando à toda cidade.
Santo Antônio não tem ainda números objetivos sobre o nosso desempenho e, nem sabemos o que podemos buscar de incremento.  

O quê sabemos e temos absoluta convicção, é de que a junção dos empreendedores da área Rural com os empreendedores da área da Hotelaria, Gastronomia, Artistas, Artesãos, de forma inteligente e sustentável, pode transformar a nossa Santo Antônio do Pinhal, com muito mais emprego e renda para a população.

Veja o que o Presidente Obama está fazendo lá, nos EUA que é a maior economia do mundo, e pense no que poderíamos estar fazendo aqui na nossa pequena cidade. Pense de que forma o Turismo, que é o nosso maior potencial econômico, se incentivado, poderia contribuir para a geração de empregos e melhoria da renda da nossa população. Pense??????

 
"O presidente (Obama) pediu a órgãos de governo que apresentem plano para expandir o programa Visa Waiver, que dispensa o visto a pessoas de certos países.
 Em 2011, foram processados 944.868 vistos no Brasil, um aumento de 51% ante 2010, de acordo com o consulado em São Paulo.
A projeção é que haja um crescimento de 274% no número de brasileiros até 2016 (na comparação com 2010)."





matéria de
VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Alexandre Arena - a Famíla, as Cabras e o Sucesso

PELA CIDADE

Nossa História, Nossas Cabras
Meu cunhado já freqüentava o município desde 1980 nas suas incursões pela serra nas folgas que tinha da faculdade de medicina de Taubaté e em 1996 atreveu-se a realizar um sonho antigo: comprar um sítio na Serra da Mantiqueira.
Durante muito anos fomos hospedes dele numa pequena casinha, no sito comprado no bairro do sertãozinho à beira de um córrego. Tal casinha carrega na sua construção os traços de uma época difícil do povo daqui: parcos recursos, telhado construído com madeira roliça, paredes de barro sustentada por “pedaços de arame farpado” que fazem as vezes das vigas.
Vínhamos com muita freqüência e começamos a descobrir os “segredos da serra”: ar puro, verde exuberante, água boa para beber, e muita gente boa com belas histórias para contar.
Em 2002, pensando numa melhor qualidade de vida, compramos, eu e minha esposa Claudia, um pedaço de chão, ao lado do sítio de meu cunhado e juntamos as terras, Fizemos uma casa e a freqüência das idas e vindas para Santo Antônio aumentou. E passamos a viver um novo estilo de vida, integrados à natureza.
Em março de 2010 num passeio a cavalo descompromissado com meus dois filhos: Felipe e Fernando, vi um anúncio de concurso público para fonoaudióloga em Santo Antonio.
Comentei com minha mulher, e ela se inscreveu, fez o concurso e passou em primeiro lugar: que susto, uma vaga só. e ela passou.
Em 3 meses deixou São Paulo com as crianças e aqui está. Realizou um sonho antigo de viver fora da capital e criar os filhos de uma maneira mais livre, mais saudável. As crianças, numa ótima escola, a Lumiar Internacional, integrando-se a cidade e ao mundo, numa inserção social e digital.  
Eu continuo dividido, ainda muito preso a minha rotina urbana, amparado pelas facilidades da Internet.  Mas, a minha paixão por Santo Antônio, fala mais alto.
A convivência com a terra, o amor pela natureza, e pelos bichos nos aproximou das cabras. E assim nasceu um lazer produtivo.
Um bom amigo, um alemão chamado Uwe (proprietário do Capri Alemão) aos poucos nos ensinou a arte dos queijos de cabra, do qual ainda somos aprendizes.
Aos poucos, eu e minha esposa Claudia, nos aventuramos na fabricação de queijos
artesanais elaborados a partir do leite de nossas amigas: Chiquinha, Mariazinha e Rosinha, entre outras "inhas".       

– São cabras da raça Saanen. O bode, Geraldo, faz o “trabalho” de pouco a pouco ir aumentando nosso pequeno rebanho.
Quem nos ajuda na produção dos queijos é um morador antigo de Santo Antonio e nosso secretário: Sebastião Luiz, ou "Tião Migué" como é conhecido no bairro. Ele também alimenta as cabras e cuida da saúde das "meninas".

E, devagarzinho, vamos colocando a nossa pequena produção no mercado. Já está no café da manhã de algumas pousadas, como a Pousada Villa Mantiqueira.
Nosso queijo é feito com 100% de leite de cabra, o tipo "chevre", de forma artesanal como a maioria dos queijos. Como na França. É um excepcional complemento alimentar, podendo ser consumido puro, ou fazendo parte dos mais sofisticados pratos da fina gastronomia.
O queijo de cabra tem alto teor de gordura, rico em cálcio e fósforo, rico em proteína. Estamos só começando, dedicando-nos no aprimoramento da qualidade.
Acreditamos que a nossa cidade, com o grande afluxo de turistas, tem na caprinocultura e na produção de queijos artesanais, um grande potencial para a melhoria da renda-familiar e na fixação dos jovens no campo.
Assim, a família Arena vive hoje aqui em Santo Antônio, uma cidade do "bem viver", acreditando que:
“ Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. “                Pablo Neruda