terça-feira, 31 de julho de 2012

DIA DO HEROI

Pela alta importância do tema, e pela grande autoridade moral e profissional do colunista da FOLHA DE SÃO PAULO, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, com quem tive o privilégio de compartilhar momentos e idéias, tomo a liberdade de transcrever o seu texto, publicado no Dia do Agricultor: 

"Hoje, 28 de julho, é o Dia do Agricultor.
Prestar homenagem a esse herói sem nome é um preito de gratidão, um gesto de respeito. E poder fazer isso é uma grande alegria.
E por que esses substantivos (gratidão, respeito, alegria) todos?
Comecemos com a gratidão. Como viver sem os agricultores? São eles, no amanho diuturno da terra, que produzem tudo o que nos permite preservar a dádiva divina da vida: alimentos, energia, fibras e biomassa.
Respeito, porque fazem isso enfrentando todas as dificuldades que os demais setores da economia enfrentam em relação às crises financeiras e ao "custo Brasil", e ainda precisam acertar contas com são Pedro, do qual dependem visceralmente. Muitas vezes sem o suporte oficial que os concorrentes de outros países recebem de seus governos, vão conquistando espaço nos mercados, com a tecnologia sustentável desenvolvida por nossos cientistas, e assim contribuindo para a redução da fome no mundo.
E é claro que destaco isso tudo com incontida alegria, porque tenho a honra de ser neto, filho, irmão, pai e amigo de produtores rurais.
Esse orgulho espalho por onde passo, e talvez a mais clara demonstração pública disso tenha sido o discurso que fiz em julho de 2006, quando deixei o Ministério da Agricultura:
Amo a agricultura, profunda e reverentemente.
Emociona-me a alvura imaculada dos algodoais em colheita, o rubro-verde dos cafezais em cereja, o galeio mágico que o vento provoca nos canaviais verdejantes ou nos dourados trigais; encanta-me o cheiro adocicado das espigas dos milharais, ou os laranjais carregados, as flores das fruteiras polinizadas pelas abelhas operárias; orgulha-me o progressista ronco das colhedeiras nos sojais e arrozais maduros; admiro os capinzais cultivados, alimentando rebanhos leiteiros e de sadia carne; minha alma se desvanece a cada vez que vejo uma semente germinando no milagre da preservação das espécies.
Amo a agricultura, profunda e reverentemente.
E respeito, admiro e venero os milhões de homens e mulheres que, dia após dia, ano após ano, em comunhão sublime com a natureza e com o Criador, plantam e colhem tudo o que garante a perenidade da existência.
Mas não foi só por esse amor inesgotável que aceitei o honroso convite do presidente Lula para ser ministro da Agricultura em seu governo. Foi por muito mais.
Foi por compreender com clareza que é o produtor rural quem, em sua cotidiana e anônima labuta, aciona a roda do desenvolvimento em um país como o nosso.
Sem o produtor rural, para que produzir sementes, defensivos, fertilizantes, corretivos, medicamentos veterinários, rações? Para que produzir tratores, equipamentos e máquinas colhedeiras? Sem a produção agrícola, para que construir usinas, fábricas de alimentos, fogões? Para que fabricar caminhões, trens, trilhos, silos e armazéns? Para transportar e guardar o quê? Sem os agricultores, como seriam criados todos os empregos nessas áreas referidas?
Não há ovo de Páscoa sem plantador de cacau, não há vestido de seda sem plantador de amoras, não há cabos e pneus de borracha sem plantador de seringueira, não há papel sem plantador de árvores, não há cerveja sem plantador de cevada, vinho sem plantador de uva, não há calça jeans sem plantador de algodão, não há sapato e bolsa sem o pecuarista, não há etanol sem cana, não há pão sem trigo, óleo sem soja, manteiga sem leite, não há vida sem a agricultura e sem o agricultor.
Por isso aceitei o convite e o desafio: por amar a terra e ao seu amanhador, e por reconhecer que seu trabalho é o motor da economia e da democracia".
Saudemos hoje, com entusiasmo, esse herói e usemos este dia para pensar nele. O produtor rural é, por tudo o que foi dito, o parceiro constante do cidadão urbano: um não vive sem o outro. São gêmeos univitelinos, para não dizer siameses.
Por isso é tão importante uma estratégia para o setor rural em nosso país: todos ganharão com ela, e não apenas os agricultores."


sábado, 26 de maio de 2012

LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO

UM EXERCÍCIO DE CIDADANÍA

Caros Amigos
Finalmente, uma luz no fim do túnel.
É uma nova lei que promete por um BASTA! na corrupção que grassa neste nosso país. De Brasília, passando por todos os estados da federação, aos menores municípios do país.
De "magistrados", ministros, diretores de empresas públicas, senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores.
É a LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO, um exercício de cidadania..
Que, como disse a Presidenta Dilma, abre um caminho para que os cidadãos contribuam para estancar essa hemorragia que carreia o dinheiro público para os bolsos de uma "ratazana" que aparece até onde ninguém espera. Basta ver o caso do senador da república que parecia o Don Quixote da Virtude, que aparentava estar "isento de pecado"; que posava de vestal, de mãos limpas; que vivia apontando os erros dos outros, que apontava o cisco no olho do adversário, mas não via a trava que estava no seu próprio olho. Fatos por demais corriqueiros neste país da impunidade.
E esta ratazana, está por todos os cantos. Uma ratazana que engorda com o dinheiro da propina de obras, da compra de remédios, de contratos de serviços, da contratação de assessores/as,...de aspones de todo o quilate. Vem desde um Carlinhos Cascata, até o Zezinho do Rio. Grandes e pequenos corruptores. A corrupção campeia, de norte a sul do país. 
Mas, já era hora. Desde o dia 16 de maio, qualquer cidadão, tem direito de conhecer detalhes de informações junto aos órgãos públicos, do executivo, do legislativo e do judiciário. A partir de agora, o cidadão que desconfiar de uma situação, uma concorrência com indícios de fraude; ou de um servidor que apresente sinais de opulência, de enriquecimento ilícito, ele pode e deve ir atrás da informação, exigir a informação usando os espaços da Lei 12.527, recém promulgada pela Presidenta da república.
É uma lei super-abrangente, tanto da área federal, estadual e municipal. Isso mesmo: qualquer governante público está obrigado a responder perante aos cidadãos. Do presidente da república, aos governadores, aos prefeitos de pequenas cidades, como a nossa.
Agora é lei.
E as autoridades, de qualquer órgão e nível, tem prazos definidos para responder ao cidadão, que somente tem de protocolar o seu pedido e aguardar o prazo máximo de 30 dias para ter em mãos a resposta, sem ter de justificar as razões do seu pedido. E, o não cumprimento, sujeita a autoridade pública faltosa a punição.
Esperamos que a nossa prefeitura não perca tempo e disponibilize aos cidadãos pinhalenses a Sala de Atendimento ao Público, ou o SIC's, "Serviço de Informações ao Cidadão", prevista na lei. É uma simples sala com uma placa de identificação, com cadeiras e com uma recepcionista para acolher os pedidos. E, cabe à nossa Câmara de Vereadores, que representam os cidadãos, contribuam para que Santo Antônio do Pinhal, como no caso da Lei da Sacola Plástica, seja mais uma vez um município pioneiro.  
A partir do último dia 16, os órgãos públicos terão prazos definidos para responder aos pedidos. Devendo a resposta ser fornecida na hora, quando disponível; em até 20 dias, podendo ser prorrogados por no máximo 10 dias. E o servidor que descumprir a lei poderá ser punido, podendo até sofrer processo por improbidade.
É assim mesmo. No Brasil, a Lei de Acesso a Informação entrou em vigor no dia 16 último. Mas, no México já está em vigência desde 2.002; nos EUA, desde 1966, e na Suécia, o país pioneiro nesta transparência da informação pública, desde 1.766.
Como vemos, o Brasil estava atrasado em transparência.
Custou, mas a lei chegou ao país do futebol e do carnaval. Assim, a folia da ratazana "começa a acabar". Mas depende de cada um de nós, depende de mim, de você - fazer cumprir o nosso direito de cidadão.
Não percamos tempo.
Toda a informação está numa Cartilha preparada pela CGU, a Controladoria Geral da União. Clicando no Link abaixo, você começa a exercer o sua cidadania:

http://ww.cgu.gov.br/acessoainformacao/materiais-interesse/CartilhaAcessoaInformacao.pdfw

E, o jornal Folha de São Paulo, num lance de pioneirismo, que  já tem          o Folha Leakse o Folha Transparênciaestá se oferecendo para ajudar.
E, ajudando a Folha, estamos nos ajudando. Transcrevo:

"Leitores podem ajudar a Folha a testar lei de acesso

DE SÃO PAULO
Com a entrada em vigor da lei de acesso a informações públicas, os leitores da Folha podem ajudar o jornal a avaliar o funcionamento da lei.
Pela norma, informações disponíveis devem ser dadas imediatamente. Caso dependam de pesquisa, o prazo é de 20 dias, prorrogáveis por mais dez.
Caso recebam informações usando a lei e queiram compartilhá-las com o jornal, leitoress podem enviá-las para transparencia@folha.com.br. O endereço também receberá denúncias de mau atendimento dos órgãos.
Nos casos pertinentes, a Folha tentará ajudar o leitor a obter a informação.
Resultados obtidos com auxílio da Folha serão entregues a quem solicitou e podem ser publicados no projeto FolhaTransparência, além de pautar reportagens do jornal."

Caros Amigos
Leiam atentamente, avaliem e, se desejarem ajudar nesta empreitada pela transparência no trato da coisa pública, encaminhem estas matérias e links para os seus amigos e colegas. 


sábado, 21 de abril de 2012

GOVERNO DILMA CORTA JUROS E AUMENTA CRÉDITO DE BANCOS PÚBLICOS


Transcrito da imprensa:


juros.jpg
Para combater os efeitos da crise econômica internacional no país, o Governo Dilma tomou uma importante medida. Agora, os bancos públicos (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) estão aumentando a oferta de crédito e reduzindo drasticamente as taxas de juros para empréstimos pessoais e para micro e pequenas empresas.

Os juros do cheque especial da Caixa, por exemplo, caíram de 8,25% para 4,27% na conta corrente de cliente pessoa física. No cartão de crédito, para correntistas de contas-salário, a queda foi de 12,86% para 2,85% -uma redução de 87%.

Juros_Bancos.JPG
Consequências e nossos comentários:
Após esta medida, ao longo de uma semana. Primeiro grandes organizações bancárias estrangeiras, HSBC e Santander, aderiram ao movimento de baixas. Somente depois de ver a irreversibilidade das medidas, e da firme posição do Ministro Guido Mantega, rebatendo as pressões e reivindicações da Febrabam - o Bradesco e o Itaú também acabaram aderindo as medidas saneadoras há muito reivindicadas pela população, cansada da exploração da banca, com juros e taxas extorsivas, lesivas aos correntistas e comprometedoras da competitividade do país.
Sem dúvida, parte dos argumentos do presidente da Febraban eram válidos, como redução da carga tributária, diminuição do tamanho da máquina pública, e outros. Mas, o importante é que acabaram cedendo e reduzindo juros e taxas.

Cabe ao governo, agora, partir para outra batalha: combater as taxas e juros absurdos dos Cartões de Crédito. Um abuso que encarece o crédito e o desenvolvimento do país. Seria muito saudável vermos a presidenta Dilma e o Ministro Mantega atacar esse cartel. Basta o BB e a Caixa, instituírem um único Cartão de Crédito próprio, brasileiro, com taxas e juros civilizados. As bandeiras internacionais, ou aderem, ou vão explorar em outros latifúndios. 
A. C. Nunes de Azevedo
santoantoniodopinhalemnoticia  

quarta-feira, 21 de março de 2012

TURISMO ROMÂNTICO

"Romantismo aos pés do Etna
Com jeito de destino de Lua de Mel, Taormina, Itália, provoca amor à primeira vista e é ponto de partida para conhecer o vulcão mais alto e ativo da Europa.
Taormina, é daquelas cidadezinhas adoráveis que você escolhe para passar a lua de mel. Deve ser por isso que casamento, por ali, provoca até congestionamento em frente à catedral e na Piazza IX Aprile. Em uma simples quarta-feira, duas noivas alternavam posições para as fotos. Boa escolha. É da praça que se tem uma das vistas mais bonitas: as casinhas na encosta, os quintais com limoeiros e cactos, o azul do Mar Jônico e o sempre ativo, e volta e meia fumegante, Monte Etna."
É difícil explicar o encantamento que a cidade causa e que faz com que ela seja um dos principais destinos turísticos da Sicília. Mas há boas pistas. Encravada na encosta do Monte Tauro, a 200 metros do nível do mar, na província de Messina,
Taormina mistura igrejinhas, casinhas coloridas e floridas, antiquários, butiques, lojas de arte, cafés, restaurantes charmosos, praias próximas e história. É più bella.............."
"Percorrer o principal de Taormina é simples e pode ser feito em um dia. Basta caminhar 20 minutos, em passos rápidos, pela Corso Humberto I, a via pulsante do centro antigo. Mas esqueça a pressa. Taormina é para ser sorvida em pequenas descobertas. Por isso, deixe-se envolver pelo clima que inspirou escritores e artistas como D.H. Lawrence, Goethe, Nietzsche, Oscar Wilde, Coppola, Fellini e Liz Taylor e embrenhe-se pelas escadinhas que saem da rua.
Você poderá encontrar uma cantina com música italiana ao vivo, lojinhas de arte e até o Parque Duca di Cesaro, na Villa Comunale, criado no fim do século 19 por lady Florence Trevelyn, uma observadora de pássaros. 

Sempre alerta. Pano de fundo para as melhores fotos em Taormina, o Etna está tão próximo dali, a 59 quilômetros, que é irresistível não dar um pulinho até o vulcão mais alto e mais ativo da Europa. 
 

Matéria de ARYANE CARARO, Caderno VIAGEM, Estadão, do do dia 20/03/12, pag. V8."

O romantismo existe. Pois é! 
Taormina, é um dos mais destacados destinos românticos da Itália.
Cidadezinha italiana, pouco maior do que a nossa Santo Antônio do Pinhal. São dez mil habitantes; somente 200mts. acima do nível do mar, na região da Siccilia. Taormina atrai levas e levas de casais apaixonados para percorrer suas ruelas, seus rochedos e praias, seus restaurantes e lojas.
Taormina é Turismo Romântico. Isso é TURISMO.
Por suas belezas e inusitado encantameno bucólico, é palco de centenas de casamentos nos seus altares, todo ano.
Romantismo aos pés do Etna
Itália
Com jeito de destino de Lua de Mel, Taormina provoca amor à primeira vista e é ponto de partida para conhecer o vulcão mais alto e ativo da Europa.."


"Taormina é daquelas cidadezinhas adoráveis que você escolhe para passar a lua de mel. Deve ser por isso que casamento, por ali, provoca até congestionamento em frente à catedral e na Piazza IX Aprile. Em uma simples quarta-feira, duas noivas alternavam posições para as fotos. Boa escolha. É da praça que se tem uma das vistas mais bonitas: as casinhas na encosta, os quintais com limoeiros e cactos, o azul do Mar Jônico e o sempre ativo, e volta e meia fumegante, Monte Etna.
É difícil explicar o encantamento que a cidade causa e que faz com que ela seja um dos principais destinos turísticos da Sicília. Mas há boas pistas. Encravada na encosta do Monte Tauro, a 200 metros do nível do mar, na província de Messina, Taormina mistura igrejinhas, casinhas coloridas e floridas, antiquários, butiques, lojas de arte, cafés, restaurantes charmosos, praias próximas e história. É più bella................."

............Percorrer o principal de Taormina é simples e pode ser feito em um dia. Basta caminhar 20 minutos, em passos rápidos, pela Corso Humberto I, a via pulsante do centro antigo. Mas esqueça a pressa. Taormina é para ser sorvida em pequenas descobertas. Por isso, deixe-se envolver pelo clima que inspirou escritores e artistas como D.H. Lawrence, Goethe, Nietzsche, Oscar Wilde, Coppola, Fellini e Liz Taylor e embrenhe-se pelas escadinhas que saem da rua. Você poderá encontrar uma cantina com música italiana ao vivo, lojinhas de arte e até o Parque Duca di Cesaro, na Villa Comunale, criado no fim do século 19 por lady Florence Trevelyn, uma observadora de pássaros.
Sempre alerta. Pano de fundo para as melhores fotos em Taormina, o Etna está tão próximo dali, a 59 quilômetros, que é irresistível não dar um pulinho até o vulcão mais alto e mais ativo da Europa. ARYANE CARARO


Caderno VIAGEM, Estadão dia 20 de março/12

domingo, 11 de março de 2012

Lição de Empreendedorismo Rural

RESTAURANTE ÁGUA DA CAPOEIRA
Um pouco da história.
A fazenda nasceu á 20 anos quando meu Pai José Antônio Bufolin, por intermédio do Milton Saad apresentou a cidade de Santo Antônio do Pinhal .Desde então estamos por aqui até agora.
Meu pai sempre teve vontade de ter propriedade na roça.Tivemos a primeira propriedade em Jarinu -SP, mas elevendeu quando os filhos já estavam na juventude, e não tinham mais interesse de passar o fim de semana lá: Então, ele vendeu.
Logo que casei, ele começou a comprar as terras aqui em Santo Antônio. O sonho dele era ter uma propriedade sustentável. Após uns 2 anos, já começou a plantar frutas, tendo hoje 10.000 pés de frutas de frutas variadas, que distribuímos para São Paulo e Rio de Janeiro.
SITIO ÁGUA DA CAPOEIRA:
o nome da propriedade surgiu em memória da história da infância de meu pai. Ele foi criado em um sitio em Tupã com este nome, Sítio Água da Capoeira. Ele nos contava que a água da capoeira é uma área agradável, onde se junta um " matinho" rasteiro com um pouco de água. E lá as crianças brincam.
Com o tempo vim para Santo Antônio, pois meu pai precisava da minha ajuda para comercializar as frutas. Deixei meu trabalho em SP como gerente de banco e vim sozinho. Rosana, minha esposa e nossos dois filhos ficaram em São Paulo por mais um ano. Ela precisou exonerar-se de cargos de concurso em SP. Recomeçou sua vida profissional na área da educação por aqui.
Estamos em Santo Antônio há sete anos, tempo em que venho administrando a fazenda.
Algumas das práticas agrícolas aplicadas na fazenda são visivelmente educativas.
Aprendemos, fazendo. E foi a diversidade de cultivos, o que propicia uma rotatividade na produção e a qualidade do solo, essa diversidade no cultivo, assegura a diversidade da fauna. Animais como tucanos gralhas e outras aves, tem alimento todo o ano, sem falar no ruivão do lobo Guará, que está presente nos pomares na época das safras - ele é onívoro.
Pode ser citada como benfeitoria ao solo, o plantio das mudas, onde prevalecia 90% da área comprada como pasto. Na produção das frutas, respeitamos a legislação quanto ao topo dos morros e distancia das nascentes e rios. Com o passar dos anos identificamos que só produzindo frutas não pagaria as despesas da fazenda.
Foi quando assumirmos o potencial turístico da cidade, juntos , eu e a Rosana, começamos a nos capacitar. Fizemos e continuamos a fazer cursos no SEBRAE e SENAR para o Turismo o que nos propisciou ingressar no Turismo Rural,  e no Turismo Rural Pedagógico atendendo escolas e fazendo um projeto social com crianças do município.
Fazemos um atendimento gratuito por mês . O projeto de educação tem como maior objetivo promover a responsabilidade de crianças e jovens quanto ao meio natural rural e disseminar modelos de uma conduta preservacionista, atravésde experiências educativas e de laser. A saída do ambiente escolar e a visita ao campo, possuem forte caráter formador e lúdico, tanto no que se refere à formação pessoal de cada aluno, como também na formação de pensamento crítico por meio do conhecimento adquirido. As reflexões realizadas podem ser a base sobre a qual os educandos construirão seus conhecimentos específicos sobre as matérias curriculares.O Turismo aliado à educação ambiental é uma ferramenta indispensável na busca da sustentabilidade.

Restaurante Águas da Capoeira
É o Turismo gerando receitas no campo.
Após este trabalho com escolas e turistas, notamos o quão simples seria para nós servir refeições para os grupos, porque não servir almoço para um público maior e sedento de experiências no campo.? Identificamos que em nosso município não tinha um restaurante de cardápio regional, comida da roça, baseada na história do município.
Assim, após muito trabalho, inauguramos nosso restaurante no carnaval de 2012.
Estamos surpresos com a satisfação dos clientes e amigos que já nos visitaram. Todos estão se beneficiando desse investimento. Nós, ao agregar valor ao empreendimento imobiliário; as pousadas, que passaram a contar com mais uma opção gastronômica para oferecer aos seus hóspedes; a população do bairro com mais empregos; o município,...todos se beneficiam.
E desejamos prosperar, atender melhor aos clientes, com uma boa conversa, num ambiente agradável, oferecendo uma boa comida.
Além da boa comida da roça, o turista que vem dos grandes centros encontra aqui na fazenda, o clima da montanha, a vista deslumbrante de montanhas bordadas de muitos verdes, o canto dos pássaros, confraternizando com a família e os amigos em íntimo contato com a natureza.
Isto é Turismo Rural. Isto é Santo Antônio do Pinhal.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O MAIS LINDO PRONUNCIAMENTO ECOLÓGICO EMITIDO PELO HOMEM

Transcrição do texto "Equipe Floresta Brasil"
 

...................... A versão que apresentamos é a tradução de uma das mais famosas versões da Carta do Cacique Seattle, divulgadas durante a década de 70. A foto do Grande Cacique Seattle (1787-1866) é de autoria de E.M.Sammis: seu original encontra-se na “Special Collection” da Universidade de Washington, sob o nº NA 1511.

Ambos os textos, do artigo do Dr. Henry A. Smithe e do pronunciamento em si, foram obtidos, em inglês, no site:

O texto do artigo do Dr. Henry Smith, que se encontra logo abaixo, foi traduzido pela equipe de Floresta Brasil diretamente do artigo original, publicado em inglês em 1887, que se encontra na seção em língua inglesa de nossa página (http://www.florestabrasil.org.br).




Fonte: "Trechos de um diário: O Cacique Seattle: Um cavalheiro por instinto". 10º artigo da série “Primeiras Reminiscências” - Seattle Sunday Star, 29 de outubro de 1887 do articulista Henry Smith (tradução livre, pela equipe de Floresta Brasil)
  

O pronunciamento do Cacique Seattle
(discurso pronunciado após a fala do encarregado de negócios indígenas do governo norte-americano, Governador Stevens, haver dado a entender que desejava adquirir as terras de sua tribo Duwamish).

"O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.
Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.
O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la preservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.
Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Preteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada.
Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.