sexta-feira, 23 de setembro de 2011

GIRO PELO BRASIL

Presidenta Dilma Roussef & a Crise
- Crise? que crise?
Aqui, nesta santa terra de Santo Antônio, estamos longe, distantes da crise, ou das tantas crises que proliferam mundo afora?.
- estaremos isentos?
- os efeitos dessas crises lá fora, trarão "respingos" para nossa cidadezinha aqui tão longe?
Ninguém sabe. Afinal nenhum sábio economista ou cientista social, foi capaz de imaginar a enrascada que o mundo estaria enfrentando hoje.
Os paraísos financeiros de ontem, que ditavam regras para os países menos desenvolvidos (aí incluindo o Brasil) que determinavam aos bancos centrais do terceiro mundo, o quê fazer, como fazer,... cortem os juros / subam os juros, controlem a inflação, demitam funcionários,..... Agora são eles que estão na encruzilhada.
- Lembram-se de quando desembarcava aqui, uma comissão de notáveis do FMI?
Que alvoroço, quanta submissão!!
As "autoridades financeiras internacionais" de então, começaram a ser questionadas no governo popular do metalúrgico presidente. Aquele que não falava inglês, muito menos francês, sem um dedo na mão,.... que falou na crise de 2.008, "no mundo seria um tsunami, mas no Brasil seria uma marolinha", quando recusou-se a receber "o sub do sub", Robert Zoellick, hoje presidente do Banco Mundial.

Pois é, daqui do Brasil eles sumiram. Estão perdidos, com o rabo no meio das pernas, cuidando dos estragos por eles provocados nos seus próprios países, como o descontrole orçamentário, o desemprego monstro provocado pelo escancaramento das fronteiras de um insano "livre-mercado" pregado pelos neoliberais.

Estados Unidos, Europa, Ásia, Oriente Médio,..... a crise avança acima da linha do Equador. O mundo rico está desorientado, perdido, inseguro. As bolsas de valores despencam, temerosas (e manipuladas?) pela crise do euro.
Os feitiços do conservadorismo e neoliberalismo de décadas de retrocesso político e social, de Margareth Tatcher à George Bush(pai e filho), voltam-se agora contra os feiticeiros, como sugere Slavoj Zizek, em suas profundas e radicais críticas ao capitalismo selvagem e irresponsável das últimas décadas, presente em seu último livro, "Em Defesa das Causas Perdidas
".
É a desordem social batendo às portas do mundo rico ( ver as manifestações na Inglaterra, Grécia, Espanha) motivadas por anos de um fracassado neoliberalismo, que agravou a injustiça social e o desemprego na Europa e nos EUA.
No Brasil, pelo contrário, nos últimos oito anos, tivemos avanços fantásticos em inclusão social e avanços na área econômica e educacional. Mais de 10.000.000 de empregos com carteira assinada; crescimento da massa salarial; crescimento do consumo de um mais amplo mercado interno com a incorporação de mais de 30.000.000 de consumidores.
Este é o novo Brasil, pós Lula, melhor preparado para enfrentar a crise atual, como disse a Presidenta Dilma ontem em Nova York:
" nosso olhar está dividido entre conter a inflação e sustentar o crescimento". Isso quer dizer emprego e renda. Adiantou "que o Brasil recorrerá a medidas pontuais para evitar oscilações bruscas no valor das moedas". Dilma botou o dedo na ferida, dizendo que "políticas monetárias expansionistas, como as adotadas pelos EUA, com taxas de juros zeradas, "isso cria uma competitividade adversa e indevida. ... tem que olhar o impacto dessas medidas sobre seus vizinhos". Disse mais: "essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países", dando ressonância ao discurso de Lula dos últimos anos, de que o mundo mudou, que o mundo de hoje tem novos e fortes atores, como Brasil, China, India e outros emergentes. Que a governança global tem de mudar. Não se aceita mais um mundo dominado por cinco nações.
Dilma ressaltou "o Brasil está preparado para assumir suas funções como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU"
Mas, e daí? a crise nos afeta?
Entre tantas outras implicações, tivemos a subida do valor do dolar. Nos últimos dias, disparou. Da faixa de R$ 1.50, subiu para a casa dos R$ 1,90. Isso afeta toda a nossa economia. E poderá até trazer benefícios para Santo Antônio do Pinhal. Sim, nós não somos "uma ilha isolada". Podemos até nos beneficiar da subida do dolar. Com o dolar mais caro, menor é o estímulo para o brasileiro viajar para fora do país. Buenos Aires e Miami, por exemplo, ficam "mais distantes" para o bolso dos brasileiros. E Santo Antônio do Pinhal, mais do que nunca, precisa se fazer conhecida e procurada pelos turistas brasileiros.
Mas isso é conversa para outro dia.
ACNA 

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